segunda-feira, 29 de abril de 2013

É Nascar!

Bem, escolhi a Nascar para começar a postar no nosso blog! Na verdade eu fui escolhido, porque gosto muito de carros e corrida, então vou escrever aqui um pouco sobre esta categoria automobilística.
Aqui nos EUA, nem Fórmula 1, nem WRC, nada se compara à dimensão que a Nascar tem. E os americanos são apaixonados por este esporte!
Há várias categorias, como a Truck Series, a Nationwide Series e a mais importante: a Sprint Cup, onde os melhores pilotos competem em um grid formado por 42 carros. Na sua grande maioria, as corridas acontecem em circuitos ovais, sendo a mais importante da temporada a Daytona 500, mas há também circuitos mistos.



 



Os principais fornecedores de motores para a Nascar são Dodge, Chevrolet, Ford e Toyota. E eles não são fraco! São motores V8, 5800 cc com injeção eletrônica de combustível (isto a partir deste ano, pois até 2012 eles eram carburados). Isto, aliado à toda tecnologia aplicada nestes carros, gera uma potência de aproximadamente 850 cv, permitindo que sejam alcançadas velocidades acima de 300 km/h em alguns circuitos.
Como foi falado, no dia 25/04 visitamos a Joe Gibbs Racing, equipe dos pilotos Ryan Vickers (11), Kyle Busch (18) e Matt Kenseth (20). Pudemos ver como os carros são montados desde o primeiro parafuso até eles irem para a pista. Particularmente, para mim foi um momento muito marcante desta viagem, que está valendo a pena de todas as formas. E para os fãs de automobilismo ainda tem mais por vir, pois visitaremos a Hendricks Motorsports, outra equipe de Nascar, e o circuito Charlotte Motor Speedway, onde aconteceu a primeira corrida da categoria. Enfim, muita diversão ainda está por vir!

Abraços a todos!!!
Ronye

Nossos primeiros hosts!

Dia 28 foi dia de mudar de host family pela primeira vez. Eu, Betina e Jaqueline fomos hospedadas pela Loretta Froddie, uma senhora muito simpática e que foi membro de GSE para a Alemanha em 1996. Ela ficou o tempo todo conosco, nos levou para vários lugares e nos tratou como filhas. Uma pessoa muito especial e foi bem difícil nos despedirmos dela!
 



No último dia com ela, fez questão de nos preparar um café da manhã típico do sul dos Estados Unidos: grits (parece um pouco com a nossa polenta, mas a farinha é bem grossa), Neese’s sausage (tem sausage no nome, mas não é salsicha), ovos mexidos e blueberries do jardim dela. Ela também fez biscuits (uma espécie de pãozinho, mas não quis colocar na mesa, porque não cresceu e ela nos falou que teríamos a impressão errada do que é biscuit). É tudo gostoso, mas para o nosso paladar brasileiro iria muito melhor no almoço.. =)


 
Depois do café, ela ainda nos ensinou a fazer tsuru. Ela foi professora primária e sabia como fazer. É difícil! Mas enquanto fazíamos ela nos contou toda a história da dobradura (é um símbolo da paz, vocês devem conhecer) e ao final, demos nossas lembrancinhas para ela e ela nos presenteou com um apoio de copo que comprou na loja do Steve e nos explicou que isso é uma coisa que geralmente faz com as filhas dela: todas vez que elas saem para fazer alguma coisa especial juntas, todas compram uma coisa igual para si e para as demais e se presenteiam. Aí cada uma vai ficar com uma lembrança de um momento especial que passaram juntas! Não é lindo?! Gostei da ideia!


 
 
 
 
Obrigada pela hospitalidade, Lorettta, e por tudo que nos ensinou sobre seu modo de ver a vida! Você é linda e nós aprendemos muito com você para quando crescermos do seu tamanho! Thank you, our NC mom!

 
 
 



O host do Ronye foi o Scot Treon e sua família, a esposa Lenae e as filhas Kaila, Maddy e Ema. Na verdade, ele esteve com o grupo todo desde que chegamos, pois foi nos apanhar no aeroporto de Charlotte, junto com o governador Chris Jones. Scott é outra pessoa encantadora e que também foi membro de GSE para o Brasil.  Tirou folga do trabalho para estar conosco o tempo todo que estivemos em Mooresville e Huntersville e foi ele que conseguiu os ingressos para o jogo de Lacrosse. Nos divertimos bastante nessa noite! Obrigada por hospedar o Ronye e por ter sido tão presente para o grupo todo! E os docinhos que você nos deu na despedida eram ótimos! Esperamos você e sua família no Brasil!

O host do Bonelli foi o Joe, jornalista do Charlotte Observer e escritor. Também foi conosco para as montanhas e para o boliche e fez parte da experiência do grupo. Estava presente na recepção na casa da Loretta no primeiro dia e nos divertimos muito ao vê-lo preparando S’mores. Era tão novo para nós, quanto para ele e nos atrapalhamos um pouco! Obrigada pela companhia e hospitalidade, Joe!
Joe eternizando o momento comigo
Tivemos que dizer tchau para eles e ir em frente e essa é uma parte bem difícil do programa. Acordar bem cedo, dar de cara com muito bacon e nenhum pãozinho no café da manhã, andar muito, dormir pouco, fazer as apresentações... tudo fácil quando se compara ao momento de dar tchau aos nossos hosts. Um abraço brasileiro para essa hora é bem confortante (eles não são muito acostumados com isso) e there you go... as malas trocam de carro e lá vamos nós para outra cidade, outra família, outras histórias. Próxima parada: Statesville!
Abraços brasileiros para todo mundo!
Fernanda

domingo, 28 de abril de 2013

Saturday 1!

No sábado, a Loretta e o Joe (host do Boneli) nos levaram para as montanhas.
Para começar o dia, um café da manhã rápido e gostoso. Aveia com blueberries! Mas eles cozinham a aveia com água e só acrescentam um pouquinho de leite para servir, além de manteiga (bem pouco) e mel. Acrescentam as blueberries e, aí está! Eu sempre via isso nos meus livros de inglês, mas achava que ficava ruim cozinhar com água.. não! Fica delicioso!
 
Fomos em direção às montanhas, mas paramos no centro de Mooresville para conhecer.



Passamos por um ponto de encontro de veteranos de guerra: Richard's Coffee Shop, uma espécie de café onde eles se encontram toda quinta e sábado para viver a vida (são sobreviventes!), contar suas histórias e tocar suas músicas. Vemos muitos museus e memoriais por aqui, o que faz com que conheçam sua história. E para comparar, com exceção de Charlotte, as cidades vizinhas não são tão grandes, 30 a 50.000 habitantes, então essa é uma diferença grande.

 
 
Eles queriam conversar e contar seus relatos

Depois fomos para uma lojinha de doces (Suggar Popp's) que a Loretta adora e queria que conhecêssemos. É claro que eu e a Jaque só conseguíamos pensar nos nossos filhotes lá e compramos docinhos para eles (e para nós também, of course!).



De lá fomos para Blowing Rocks, uma cidade nas montanhas que lembra muito Gramado.. aquele clima de cidade de serra, paisagem típica de clima mais frio. Muitas árvores ainda estavam em dormência e por aqui a primavera já começou.


 

Esse era o nosso destino do dia: conhecer a loja do Steve.
Deixem-me falar um pouco dele. O Steve viajou para o Brasil e viu crianças necessitadas no nordeste. Quis saber um pouco da história delas e dos motivos disso. Aprendeu português sozinho e viajou outras vezes para lá. Voltou e contou para sua esposa. Os dois voltaram e adotaram quatro crianças brasileiras, entre 8 e 13 anos, o que torna a chance de adoção mínima, porque normalmente as pessoas preferem bebês ou crianças até 2 anos. E eles já tinham quatro filhos biológicos, então depois de passar por todo o processo de adoção, quando finalmente buscaram as crianças ele nos contou que só pediu a Deus que o ajudasse, porque aquela atitude estaria mudando a vida deles por no mínimo 20 anos, até que as crianças pudessem levar suas próprias vidas. Hoje essas crianças já são adultos e todos são casados e têm suas famílias aqui. Nos contou a história porque pedimos, a Loretta tinha nos adiantado um pouco, mas o que ele realmente gosta de falar é sobre as outras famílias que ajuda com a loja que montou. Percebeu que muitas dessas famílias necessitadas sobrevivem de artesanato no norte e nordeste do Brasil, então ele achou que a forma de dar alguma renda e autonomia para essas pessoas, seria garantir que seu trabalho pudesse ser comprado. Trouxe um pouco, depois foi buscar mais e hoje viaja duas vezes por ano para o Brasil e tem um depósito no norte para fazer os estoques. A estrutura do negócio é bem rudimentar, porque os artesão não tem nem telefone, em sua grande maioria. Muitas vezes, o contato é um orelhão próximo ou um ponto de comércio. Ele tentou profissionalizar e montar uma cooperativa, contratar um escritório que intermediasse os negócios, mas ninguém aceitou por causa dessa condição. O contato dele na região é o Silas, um rapaz que teve polio na infância (doença que o Rotary Internacional tem um trabalho muito intenso pela erradicação http://www.endpolio.org/pt) e que precisa do trabalho, compreende a realidade dos artesãos e eles trabalham dessa forma.
Eu pedi porque ele decidiu ajudar necessitados no Brasil e não aqui e ele me respondeu que no Brasil eles aceitam ajuda e recebem quem quer oferecer algum caminho. E que aqui, os mais necessitados olham para ele como se ele os devesse alguma coisa, não são receptivos.
O que ele faz não é caridade, até porque também vive disso. O que ele tenta é possibilitar que pessoas possam se sustentar pelo seu próprio trabalho, o que é um exemplo bem inspirador.
Todos ficaram muito interessados pela hstória e a Jaque ficou de pesquisar algumas formas de facilitar a importação (ela é nossa profissional do Comércio Exterior).

 
Silas
Havaianas aqui custam 28 DÓLARES! Mas é o preço aqui.
Os outros produtos tem os preços parecidos com esse tipo de artesanato no Brasil
se não forem comprados direto nas feirinhas.
 
 
Steve, sua esposa, nossa Loretta e o grupo

 
Essas fotos são de pessoas que ele
realmente conhece e que fazem os produtos
 
Saímos de lá conversando sobre fazermos tão pouco pela nossa comunidade, quem dirá por pessoas em outro lugar do mundo. Acredito que seu trabalho pode inspirar futuras iniciativas do grupo.. Obrigada, Steve!
 
Parada para nos alimentarmos fisicamente, pois espiritualmente já tínhamos ganhado o dia!
Voltamos para casa, nos encontramos com  o Ronye e a família do Scott e fomos direto para um jogo de Lacrosse, que é bem típico daqui. É um esporte de equipe, jogado com tacos com uma rede na ponta para segurar e arremessar a bola. Chegamos à conclusão que eles devem se machucar bastante, porque para terem a posse da bola, batem no taco e nem sempre essa tentativa acerta o taco.. muitas vezes acerta o jogador! A esposa do Scott, que trabalha como assistente médica nessa área, disse que os piores machucados são do Lacrosse. Infelizmente "nosso" time não ganhou, mas fizemos nossa torcida com a família do Scott. "Zig-zag, zig-zag, ow, ow, ow".. algo assim! Scott check me if I'm wrong!
 


 
 

Com o jogador preferido da Maddy (a menina de cinza na frente).
Pedi se ele era o melhor e ela respondeu: "Bem, para mim, ele é!"
Cutie!
 
Chegando em casa e a Loretta quis nos ensinar uma dancinha (shag) e vamos tentar postar o vídeo... ficou engraçado! Depois tentamos ensinar os poucos passinhos que sabemos de samba, mas ela disse que é muito difícil! Ensinamos que também dá para dar aquela disfarçada e seguir o ritmo.. =)

Domingo foi dia de mudar de casa... dizemos muitos "nice to meet you" aqui, o que é a parte mais incrível de tudo para quem gosta de conhecer pessoas e suas histórias. Mas a experiência do domingo nos fez entender que dizer "bye" pode ser bem difícil.

O próximo post é para os nossos primeiros hosts!

Fernanda


sábado, 27 de abril de 2013

E assim foi o dia 26 de abril!

Já estamos há uma semana aqui (time goes fast!!!) e não conseguimos manter os posts atualizados. Mas está tudo registrado pelas fotos e aos poucos vamos contando para vocês.

Bem, no dia 26 tivemos nossa segunda apresentação no Clube do Rotary de Charlotte Dilworth Southend. Respondemos perguntas novamente e correu tudo bem!
 
 


Depois da apresentação e do almoço delicioso, nossos hosts Loretta e Scott nos levaram para um tour no centro de Charlotte. Como já disse em outro post, não é a capital, mas é a maior cidade do estado e a 17ª dos Estados Unidos. É um importante centro financeiro do país, ficando atrás apenas de Nova Iorque, por essa razão há muitos bancos por aqui: Wells Fargo e Bank of America têm sedes aqui. Visitamos um museu do Wells Fargo.


 


 


E exploramos o centro da cidade com a melhor guia, nossa querida Loretta, que já morou em Charlotte e sabia tudo sobre a cidade. Nos contava as histórias dos lugares, das construções. Adoramos histórias! Esta, por exemplo, era uma floricultura famosa e o prédio foi vendido, com uma cláusula de não alterar a fachada do prédio original. A construção foi feita em torno do prédio da floricultura, percebem? Bem interessante!

Abaixo, o Museu de Arte Moderna. Não entramos, porque a ideia (e o tempo!) era a exploração. O legal é ter visto isso por fotos num álbum que o Chris deu para mim e minha família por termos sido os hosts dele em Joaçaba e agora estar no lugar! Just amazing!
 




 














 




O centro todo é lindo! Adoramos o passeio. E no final, uma parada para mais um "taste" da cultura local. A Loretta nos levou numa cervejaria e escolhemos criações de Charlotte. Isso com uma daquelas coisas fritas que eles amam. Mas para que não pensem que é só assim, eles comem muitos vegetais com as refeições: aspargos, cenoura, brocoli, cebola, pimentão... e adoram! Nós também!
 
 
 

























Depois, fomos direto para um jantar na casa do Governador do Distrito, Chris Jones, mas não tiramos fotos. Comida maravilhosa outra vez e porções gigantes de sobremesa. As porções aqui são beeem maiores, nós quase nunca conseguimos comer tudo. E quando falamos sobre isso para eles, eles nos respondem: "por isso que vocês são magros" e riem muito!

Banho e cama, porque sábado o programa dizia: "Rest and leisure time with host family" (Descanso e lazer com a família anfitriã).. Só não estamos respeitando muito o programa, na parte do REST, no mais, temos sido bem obedientes! Como o programa exige que acordemos muito cedo, nós deveríamos realmente descansar um período, mas com tantas coisas para ver e explorar... estamos tentando fazer o máximo da oportunidade e descansando pouco.

Estamos todos com saudades! (Mas aguentamos o programa inteiro! hehehehe Salve o Skype!!)

;)
Fernanda (ou "Fernéénda".. whatever!)
Bjo!